06 outubro 2014

Keller Williams entra no mercado português à procura de "talento"


Há três semanas que a fachada do número 24 do Campo Pequeno, em Lisboa, está diferente. Os símbolos da Remax deram lugar a umas iniciais avermelhadas: KW. Na Ábaco – agência imobiliária criada em 2006 – a equipa mantém-se.

A alteração gráfica representa a entrada de uma nova marca em Portugal: a Keller Williams. "Chamou a atenção da KW o facto de a agência número um de outra marca [Remax], fora dos Estados Unidos e Canadá, estar localizada em Portugal", revela Eduardo Garcia e Costa Em 2013, a Ábaco ganhou o prémio da maior faturação europeia no sector, com comissões na ordem dos três milhões de euros. 

O encontro com urna forma semelhante de encarar o negócio impulsionou a mudança A experiência em mercados mais evoluídos ajudou à parceria. A marca norte-americana chega ao mercado nacional com intenções de liderá-lo, embora sem prazos definidos: "A KW terá de fazer o seu percurso [de reconhecimento]", admite o responsável.

O processo começa em Lisboa, mas deverá chegara todo o País, arrancando nas principais capitais de distrito. No percurso, poderão ser criadas de raiz novas agências ou reestruturadas unidades já existentes (tal como na Ábaco). O foco é o mercado habitacional. Face à concorrência, a KW quer "menos agências, mais consultores por agência e maior facilidade de levar a mensagem" para o seu interior, explica Nuno Ascensão, que também lidera o projeto. Em média, cada nova unidade deverá ambicionar chegar aos 100 funcionários.

Para já, “vamos atrás do talento. Foi a forma sustentada de crescimento da KW no mercado norte-americano”. "Quem montar um negócio como este tem um EBITA [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] de meio milhão de euros", concretiza Ascensão. Há já interessados nesta oportunidade. 

Sondam-se nomes para liderar as novas unidades de negócio, alguns dentro da própria Ábaco. "A nossa missão sempre foi oferecer oportunidades de carreira e não ser um sítio onde as pessoas vêm porque não têm mais nada para fazer", esclarece Garcia e Costa. A meta é promover uma maior relação entre agentes e agências bem como a própria profissionalização do sector. "E um conceito não de independência, mas de interdependência. É isso que torna a KW diferente de todas as outras", concluem.

Fonte: Negócios

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