A procura crescente de arrendamento ao invés da compra de imóveis, como foi característica do mercado nos últimos anos, serviu de motivação para a Arrenda na Hora entrar no sector. A empresa constatou a mudança de paradigma, que faz com que atualmente o arrendamento já represente cerca de 20% do mercado imobiliário, adotou o conceito e assumiu uma abordagem empresarial numa lógica de “Loja do Cidadão”, disponibilizando a quem a procura um serviço 360º.
“Acompanhamos tanto os proprietários como os inquilinos em todo o processo e prestamos um serviço que vai desde o arrendamento tradicional ao turístico”, explica o administrador da empresa, António Marques.
A oferta de serviços passa ainda por serviços complementares que vão desde a certificação energética, à instalação de água, luz, gás, internet ou telefone, mudanças, obras, decoração, apoio jurídico ou seguros, entre outros.
E, como confirmou aquele responsável, as lojas têm sentido o crescimento que se reflete no número de proprietários e inquilinos que abdicam da venda, cientes de que o arrendamento é uma excelente solução e, acima de tudo, uma solução rápida e segura, que permite grande flexibilidade.
Arrendamento de “Luxo” em alta
O arrendamento turístico e o mercado de investidores são os targets da empresa. No primeiro caso pela oportunidade do crescimento de visitantes estrangeiros, que cada vez mais opta por hospedar-se em apartamento e hostels, ao invés das unidades hoteleiras tradicionais. No segundo porque é, para os proprietários, uma alternativa interessante ao arrendamento tradicional. Aliás, investir para arrendar é percecionado pelos investidores como uma aplicação que garante um retorno tendencialmente seguro e imediato. A conjuntura é favorável para a aquisição de imóveis uma vez que além de estarem a preços mais baixos do que nos últimos anos, existem agora inúmeras facilidades e incentivos, especialmente para investidores estrangeiros, lembra o administrador da empresa. Nesta perspetiva, também o arrendamento de “luxo”, se tem vindo a destacar. “Os consumidores deste tipo de segmento são sempre os menos afetados pelos retrocessos da economia”, lembra o responsável da Rede Arrenda na Hora. E, acrescenta ainda, neste momento, este segmento representa 15% das transações da rede.
Ultrapassar obstáculos
Apesar da viragem otimista que o sector atravessa, o administrador da Arrenda na Hora não deixa de frisar que o mercado imobiliário sempre foi comercialmente muito agressivo e dinâmico. “Todos os anos nos deparamos com novas tendências e novos paradigmas. Até diariamente as premissas se alteram. Desde o perfil do consumidor, à capacidade financeira e até mesmo aos ‘modismos’”, afirma. No seu entender estas transformações nem sempre foram percecionadas e acompanhadas pelos diferentes players do sector que, na sua opinião, insistem em aplicar, ainda hoje, os procedimentos e práticas de anos passados.
A falta de confiança no sistema judicial, no que diz respeito aos litígios, principalmente quando há incumprimentos, bem como a carga fiscal inerente ao arrendamento são ainda, de acordo com o administrador da Arrenda na Hora, obstáculos ao arrendamento que urge ultrapassar.
Fonte: Exame
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