26 junho 2014

Maior fundo soberano do mundo foca-se em mercados fronteira para aumentar retornos


O Norges Bank quer aumentar a rendibilidade do seu fundo de pensões. Por isso, apresentou um plano estratégico no qual define os mercados fronteira como o principal alvo.
O fundo soberano da Noruega tem uma capitalização superior a 5,4 biliões de coroas norueguesas (quase 650 mil milhões de euros), o que lhe dá o título de maior do mundo. 

Ainda assim, o Norges Bank Investment Management (NBIM), unidade do banco central do país responsável por gerir o fundo de pensões nacional, pretende aumentar a rendibilidade dos investimentos. Como? Mercados fronteiras e câmbio mais diversificado são os caminhos apontados para o sucesso.

"Um dia o petróleo irá acabar, mas o retorno do fundo continuará a beneficiar a população norueguesa". Esta é uma das frases com que o NBIM apresenta o fundo de pensões, cujo capital vem directamente dos retornos que o Estado norueguês obtém com o petróleo. Por isso, não é de estranhar que, no plano estratégico para o triénio 2014-2016, a gestão pretenda "alargar a exposição a diferentes fontes de retorno", de modo a atingir o objetivo de longo-prazo: "poupar para as gerações futuras".

"Novos mercados fronteira [também conhecidos como mercados pré-emergentes] serão adicionados aos nossos investimentos em ações e o foco dos nossos investimentos em ativos de rendimento fixo será alargado para incluir [obrigações] noutras moedas", escreveu o NBIM no plano estratégico. O objetivo de rentabilização está implícito. Os mercados fronteira são procurados por investidores que procuram maiores retornos, assumindo também um maior risco. 

Com este objetivo, o NBIM pretende também aumentar o limite de investimento nos mercados acionistas. Atualmente, o fundo de pensões detém 1,3% de todas as ações mundiais, com o regulamento a definir um limite de 60% destes títulos na sua capitalização total. Agora, o objetivo passa por subir este tecto para 70%.

Imobiliário é também um dos objetivos

O fundo soberano norueguês tem como objetivo uma rendibilidade de 4%, valor acima da média histórica de 3,6%. Agora, o NBIM definiu que este objetivo será "alcançado se uma percentagem maior do fundo for investido na economia global", estando por isso a preparar uma mudança da organização nesse sentido.

Além do limite de 60% para as ações, o fundo tem ainda estabelecido um intervalo entre 35% e 40% para ativos de rendimento fixo, como as obrigações, e um máximo de 5% em imobiliário, este último apenas acrescentado ao portfólio do fundo em 2011. Porém, até agora, "o fundo está numa fase inicial no que toca ao investimento imobiliário", já que conta apenas cerca de 1% do capital total, através de edifícios de escritórios e retalho em cidades europeias, como Londres, Paris e Berlim, e dos EUA.

Por isso, o NBIM pretender alargar o investimento imobiliário para o mercado asiático, sublinhando o interesse em cidades globais fora da Europa e EUA. Tem em vista este objetivo, a unidade do banco central norueguês está assim a considerar aumentar a sua participação em empresas imobiliárias em bolsa.

Fonte: Negócios

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