18 junho 2014

Governo quer mais requalificação e menos construção nova no turismo


O Governo quer mais requalificação turística que nova construção e pretende facilitar a criação de empresas de animação turística, estando a adaptar os meios de financiamento a estas opções, afirmou o secretário de Estado do Turismo.

"Estamos a privilegiar a requalificação em vez da nova construção e a adaptar os mecanismos de financiamento e apoio a esta realidade de sustentabilidade", disse Adolfo Mesquita Nunes.

O governante, que falava aos jornalistas à margem da conferência "Consumo Sustentável: o Poder do Consumidor", organizada pela Green Project Awards, avançou que a Secretaria de Estado está "a rever os instrumentos jurídicos para facilitar o surgimento de empresas de animação turística que possam contribuir para a fruição dos recursos naturais".

A animação marítimo-turística vai ter um novo regulamento até final do ano, acrescentou.

"Estamos a trabalhar no âmbito do novo quadro comunitário de apoio para criar condições necessárias para que o setor do turismo possa [avançar] na eficiência porque é um caminho que o setor privado tem manifestado vontade de fazer", avançou Adolfo Mesquita Nunes.

"O turismo associado à natureza tem taxas de crescimento previstas para os próximos tempos de 7% o que significa que há procura" e nos últimos anos a oferta "ajustou-se" tendo surgido "espontaneamente" produtos turísticos vocacionados para esta área, explicou.

Recordou que o turista é agora mais exigente e prefere destinos menos massificados e a experiência associada ao território, quer o cultural, quer o de natureza.

Na conferência, o secretário de Estado do Turismo falou das empresas de animação turística que "criam rotas, dinamizam percursos, organizam atividades, ocupam os turistas, sendo elas, no interior do país, que fazem convergir os atores regionais para a descoberta e preservação do território".

Em 2013, o número destas empresas aumentou 14%, depois de dois anos em queda, acrescentou.

Também se referiu à nova forma de fazer promoção do destino Portugal, "mais discreta, apesar de mais eficaz", chegando ao turista de uma maneira "mais subtil", realçando que este interessa-se "pelo que lhe relatam os jornalistas, os bloguers, os amigos e familiares".

As verbas antes destinadas a feiras e eventos foram desviadas para outros meios de promoção, nomeadamente para operadores turísticos e companhias aéreas.

"Deixámos de ter uma ou duas campanhas, com um ou dois slogans, para todos os mercados, todos os produtos e para todas as épocas do ano e passámos a ter 400 campanhas, em 11 idiomas e direcionadas para vários produtos e segmentos consoante a época do ano", relatou o secretário de Estado.

Para Adolfo Mesquita Nunes, "a promoção do país serve para captar turistas, não serve para captar votos".

Por isso, "não gastamos um cêntimo a mostrar o que andamos a fazer porque o resultado em termos de turistas seria quase nulo", acrescentou.

Fonte: OJE

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.