12 março 2014

SCML vai investir mais 10 milhões na reabilitação


Assumindo a reabilitação urbana como um pilar estratégico, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai reforçar o investimento nesta área em 10 milhões de euros ao longo dos próximos dois anos.
Proprietária de largas centenas de imóveis em Lisboa e um pouco por todo o país, a maioria das quais fruto de doações ao longo dos anos, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) tem vindo a ganhar terreno como uma das entidades que mais dinamiza a reabilitação urbana na capital portuguesa. E, até agora, de forma direta e indireta, “a Santa Casa potencia um investimento total da ordem dos 17,1 milhões de euros na reabilitação de quase 24.000 m² de área bruta de construção”, o qual será reforçado já que “para os próximos dois anos está previsto o investimento de, no mínimo, dez milhões de euros”, revelou Helena Lucas, a diretora do departamento de gestão imobiliária e património da SCML.

Para a entidade, a reabilitação urbana é “um caminho inadiável e incontornável que assumimos como aposta”, a qual se traduz “em factos e investimentos concretos”. Este investimento na valorização do seu património está a ser realizado em várias frentes, explicou a responsável, sendo o Programa Reabilitar uma das mais emblemáticas. “Durante uma primeira etapa, foram efetuados a análise do património, o planeamento da intervenção e investidos cerca de 8 milhões de euros na reabilitação de 16 prédios localizados em diversas áreas da cidade de Lisboa, totalizando uma área bruta de construção de aproximadamente 14.000 m²”.

A estratégia de investimento da SCML na reabilitação urbana concretiza-se também “através do Fundo Investimento Imobiliário Santa Casa 2005 e de uma parceria com um promotor imobiliário” que “procedeu à reabilitação de mais cinco prédios em Lisboa, num investimento total de 9,1 milhões de euros e de cerca de 11.100 m² de área bruta de construção”, refere Helena Lucas.

Os edifícios da Calçada da Tapa 63, o Praça das Flores 54-55, o número 11 da avenida Almirante Reis ou o Calçada do Lavra 11 são alguns dos mais recentes projetos de reabilitação conduzidos pela Santa Casa para fins de arrendamento no centro de Lisboa. De acordo com Teresa Paradela, sub-diretora responsável pelo Património da SCML, “a carteira de arrendamentos urbanos da Santa Casa é constituída por cerca de 700 contratos, dos quais 500 são habitacionais. Localizado em Alcântara, o edifício da Calçada da Tapa 63 conta com uma área bruta de 1.205 m². Este projeto assinado pelo arquiteto Jorge Mealha oferece 10 apartamentos e “é um exemplo de como é possível combinar o respeito pela traça e estrutura originais, com a modernidade e conforto pretendidos, refletindo um compromisso entre o antigo e o moderno”, conta Jorge Marques, subdiretor responsável pela área de Projetos e Obras da SCML.

Na freguesia das Mercês, a Santa Casa reabilitou também o Edifício da Praça das Flores 54-55. Com uma área bruta de 456,70 m², este projeto da responsabilidade dos arquitetos Rui Alves e Teresa Rodeia dispõe de uma loja, duas frações para escritórios e duas habitações.

Com uma área bruta de construção de 1.167,83 m², o edifício na avenida Almirante Reis 11 foi reabilitado a partir de um projeto da TMP Arquitetos, incluindo três lojas e 12 apartamentos. Outro dos projetos mais recentes é o prédio Calçada do Lavra, 11, na freguesia de São José, que conta com uma área bruta de construção de 630 m² dispõe de sete apartamentos T1 e dois duplex, também este da responsabilidade do arquiteto Jorge Mealha.

Fonte: Público

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