21 janeiro 2014

Certificados energéticos com queda de 18,3%


Apesar de valorizarem os imóveis, os certificados energéticos apresentaram, entre Janeiro e Setembro de 2013 uma queda de 18,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A certificação energética é uma realidade incontornável no mercado imobiliário nacional, sendo à partida sinónimo de garantia de qualidade do produto que se está a transacionar. Mesmo nos casos em que a classe energética é baixa, o mapeamento das medidas a adotar para melhorar o desempenho energético do imóvel potencia um futuro mais 'verde' e de valorização do património edificado.

Apesar dessa valorização, no período que decorreu entre Janeiro e Setembro de 2013, segundo informação da ADENE - Agência para a Energia, foram emitidos cerca de 52.700 registos em termos do Sistema de Certificação Energética (SCE), observando-se uma descida de 18,3% face ao ano de 2012. Em termos cumulativos, de Junho de 2007 a Setembro de 2013, o SCE contabilizou aproximadamente 613 mil certificados emitidos, correspondendo apenas 9% ao período homólogo.

90% dos registos emitidos para habitação

Segundo o catálogo de Estudos da APEMIP - Associação dos Profissionais e empresas de Mediação Imobiliária, do 4.º Trimestre 2013, a classificação do desempenho energético do edificado nacional continua amplamente centrada em, termos cumulativos, nos prédios residenciais, que representam cerca de 90% dos registos emitidos.

Considerando apenas o período entre Janeiro e Setembro de 2013, essa representatividade foi de 88%. Tendo em consideração os registos emitidos, comparando com o mesmo período de 2012, nos prédios residenciais registou-se um decréscimo de 18%, em termos de volume, face a 2012, tendo os edifícios de serviços registado uma quebra de 21%.

Contudo, no período em análise, a relevância dos CE-DCR - Certificados Energéticos emitidos após Declaração de Conformidade Regulamentar - sobre a totalidade de documentos registou um comportamento tendencialmente positivo no segmento residencial. Os valores foram significativos, à semelhança do catálogo anterior, nos meses de Março (14,9%) e Abril (14,4%), inferindo-se da crescente concretização de edifícios licenciados no primeiro semestre.

Nos serviços, a relevância dos CE-DCR na totalidade dos certificados registou um crescimento, com os meses de Julho (10,6%) e Agosto (10,2%) a registarem os valores mais elevados, observando-se um aumento na concretização de edifícios direcionados para este segmento.

Classes C e B continuam a dominar

Em termos de estrutura de eficiência energética, continua a verificar-se - em termos cumulativos, de 2007 até Setembro de 2013 - que as classes mais representativas no segmento residencial são a C (25,1%) e a B (22,4%). Já nos serviços, a classe com maior número de ocorrências é a G (30,9%), uma classe que concentra a maior parte das ocorrências nos Pequenos Edifícios de Serviços Sem Sistema(s) de Climatização.

Por distritos - também naquele período de 2007 a 2013 e no que se refere ao número de certificados emitidos -, os centros urbanos de Lisboa (26,1%), Porto (16,2%), Faro (10,6%), Setúbal (10,2%) e Braga (5,9%), representaram 69% do total do segmento residencial.

Nos serviços, os mais representativos foram Lisboa (28,5%), Porto (18,6%), Setúbal (8,7%), Faro (7,5%), Aveiro (5,4%) e Braga (5,4%), a rondar os 74% do total de certificados energéticos emitidos.

Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP/SOL

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