21 dezembro 2013

Nuno Gomes, líder de equipa na RE/MAX: De designer a vendedor, de vendedor a número um


Nuno Gomes começou por trabalhar como designer gráfico e teve o primeiro contacto a nível profissional com as vendas quando exerceu as funções de diretor de marketing de uma empresa de importação e exportação de madeiras, que tinha acabado de abrir um showroom de grandes dimensões no Seixal. «De repente, sozinho num pavilhão com mais de cinco mil metros quadrados, recebia os clientes que para ali eram enviados a partir da sede da empresa. Fui literalmente empurrado para as vendas», recorda. «Os clientes apareciam e eu era o único representante da empresa no showroom e não tinha outra opção senão recebê-los. 

O mais engraçado é que rapidamente ganhei o gosto pela atividade e percebi que aquilo de que gostava mesmo era de lidar com pessoas, e que as vendas eram o terreno ideal para o fazer. Pouco a pouco, um comercial acidental ou involuntário transformou-se em voluntarioso e depois o designer começou a dar lugar ao vendedor.»



Depois, tendo casado com uma luso-americana e por isso passando a estar bastante tempo nos Estados Unidos, Nuno Gomes começou a «ver o mundo com outros olhos», apercebendo-se de que era possível «pensar em maior escala, sonhar mais alto, fazer melhor». Houve então um clique do outro lado do Atlântico, onde «é praticamente impossível encontrar alguém que não tenha pelo menos um vendedor imobiliário na família», constata. «A naturalidade e a facilidade com que se encara este negócio fez-me pensar que havia muito terreno por explorar em Portugal.»



Após trabalhar o mercado em algumas zonas dos arredores de Lisboa, Nuno Gomes centrou a sua atividade na capital. «Ampliei o meu alcance da rua para o quarteirão, depois para o bairro, a freguesia e, por fim, toda a cidade», congratula-se. A sua «viagem» na RE/MAX começou em março de 2005 e nove meses depois estava já em vigésimo lugar num universo de 2.300 agentes.

«Pus em prática aquela velha máxima de que o importante é dar o meu melhor, e os resultados surgiram», sublinha. Em 2006, estava no top 10, em 2007 foi o terceiro melhor vendedor a nível nacional e em 2008 passou a ser o vendedor número um em Portugal, posição que não mais largou – ocupa o primeiro lugar do pódio há cinco anos consecutivos. E em 2009 e 2010 teve a honra adicional de também ter sido o melhor vendedor a nível europeu.

Para Nuno Gomes, 2008 marcou assim «uma nova fase de crescimento sustentado», mas encara estas distinções apenas como um reconhecimento. «Não descanso à sombra do último prémio conquistado nem à sombra da última venda realizada. Saboreio apenas o momento, provavelmente aquele instante fulgurante da notícia positiva, e passo ao momento seguinte. Cheguei aonde cheguei porque nunca tive um objetivo.

Um objetivo é um limite, e eu gosto de pensar sem limites. Parto sempre do pressuposto de que se aplicar as minhas energias no meu negócio, os resultados vão surgir. O importante não é ser o número um, é ser o melhor possível, todos os dias. E só podemos ser o melhor possível se sonharmos o impossível.»

Atualmente, é líder da «Equipa Imobiliária Nuno Gomes», que formou em 2007, «dado o crescimento do negócio». Compõem-na quatro comerciais e uma assistente administrativa.A sua principal preocupação é a forma como gerem o tempo. «Não desperdiço tempo. O tubarão, mesmo quando está a dormir, está a mexer-se. E é esta atitude, é este exemplo, que quero dar. Porque acredito que é contagiante, e porque funciona. Porque traz sucesso e realização. Temos um sistema de remuneração em que partilhamos receitas e despesas, e isso responsabiliza-nos a todos.»

Nuno Gomes está em contacto permanente e em troca de impressões e ideias com a equipa, o tempo todo, pois acredita que «há uma poderosa energia positiva gerada – na interação entre nós a faísca do otimismo e da procura de soluções está sempre acesa», garante. «E quando estamos todos juntos, a chama é muito intensa.»

Assim, considera que o seu principal desafio é continuar a manter elevados níveis de motivação, «de forma a não nos deixarmos acomodar pela liderança nacional de vendas há cinco anos consecutivos». Mas ressalva que, antes de motivar os colegas, tem o desafio diário de alimentar a sua própria motivação, sempre baseada nos valores que o movem: «continuar a crescer como pessoa, em todas as dimensões da vida, na qual incluo esta responsabilidade de liderar, de dar o exemplo».

Quando questionado sobre os atuais tempos de crise, Nuno Gomes é perentório: «Crise é sinónimo de novas oportunidades. O mercado vivia embriagado pelo crédito à habitação demasiado fácil. E se há pessoas que ficam frustradas quando saem da sua zona de conforto, eu adoro andar em zonas de pânico. A crise obrigou-nos a ser ainda mais criativos e proativos, e foi isso que fizemos. Num contexto de crise, estivemos em contraciclo.

Temos estado sempre a crescer e nos primeiros sete meses de 2013 tínhamos já superado o volume de negócios atingido ao longo de 2012.»

Nuno Gomes é metódico e planeia sempre o dia seguinte. «Sigo a máxima ‘quem falha em planear, prepara-se para fracassar’, por isso planeio ao máximo o meu dia de trabalho com antecedência», partilha. Reserva as primeiras horas do dia para os assuntos mais importantes, «pois exigem energia total».

Trabalha de segunda a sábado, o telemóvel «começa a tocar a partir das oito e só se cala por volta da meia-noite», almoça a maior parte dos dias em 10 minutos, entre reuniões, e divide o seu tempo entre trabalho no escritório e reuniões com clientes no exterior. «Como podem imaginar, é esgotante», confessa. Passa os domingos com quem mais ama, a família.

Ser um bom vendedor

Para Nuno Gomes, o que melhor o caracteriza é o valor que dá ao tempo para dele tirar o maior partido, quer na sua profissão, quer na vida pessoal. «Acredito que a aceitação da nossa própria responsabilidade determina o grau da nossa determinação», enfatiza.

A «nossa responsabilidade bem assumida é uma verdadeira fonte de liderança, de elevado enfoque, de força e de uma extrema auto-confiança.» Assim, garante estar sempre determinado em resolver problemas aos seus clientes, certificando-se de que lhes estão a indicar a direção certa e a apresentar soluções. 

Reiterando que «dar o nosso melhor todos os dias» é o mais importante, Nuno Gomes defende que a característica fundamental para ser um vendedor bem sucedido é a resiliência nos momentos difíceis. «Todos passamos por eles», faz notar. E aconselha: «É preciso acreditar que há sempre um comprador para o produto que estamos a vender. Se o vendedor não acredita, o cliente nota isso e desconfia do valor e dos méritos do produto. Mas, sobretudo, nunca se deve esquecer de que de nada vale conhecer bem o produto que vende e/ ou serviço que presta se ele não crescer na arte de conhecer pessoas. E cada pessoa é um mundo.»

Artigo publicado na edição n.º 7 da Revista de Vendas & Negociação DOit!

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