25 novembro 2017

BPI entra na "guerra" e corta spread da casa


Seis meses depois, o banco liderado por Pablo Forero volta a reduzir a taxa de juro do crédito à habitação. Iguala o "spread" oferecido pelo Novo Banco e deixa a CGD "sozinha" com a margem mais elevada do sector. O BPI desceu, esta quarta-feira, o "spread" mínimo e igualou a oferta do Novo Banco: 1,5%. Ao mesmo tempo, deixou a CGD sozinha no lugar de banco com a taxa mais elevada para a compra de casa.


O banco liderado por Pablo Forero reviu pela segunda vez, no espaço de seis meses, a sua oferta no crédito à habitação. De acordo com a informação disponibilizada no preçário, o BPI avançou, esta quarta-feira, com urna descida do "spread" mínimo de 1,75% para o 1,5%. Isto depois de, em Maio, ter reduzido a margem mínima de 1,95% para 1,75%.

Este novo corte coloca o BPI com o mesmo "spread" que é oferecido pelo Novo Banco. E, ao mesmo tempo, a instituição deixa de oferecer a margem mais elevada do mercado. Esta posição passa agora a ser ocupada apenas pelo banco do Estado. A CGD deu, em Fevereiro de 2015, o "pontapé de saída" no movimento de corte dos 'spreads'. Na altura, desceu a taxa de juro de 2,5% para os atuais 1,75%. Desde então, foi a única instituição que não voltou a rever a sua oferta para o crédito à habitação, apesar das descidas sucessivas anunciadas, desde então, pelos outros bancos.

Além disso, o BPI foi o segundo banco a avançar, este mês, com uma redução do "spread". Na semana passada, o Bankinter voltou a rever em baixa a sua margem mínima. Desceu a taxa de 1,25% para 1,15%. E, deste modo, isolou-se no lugar de banco com a melhor oferta nas soluções de empréstimo para a compra de casa. Posição que, até então, dividia com o Santander Totta e o BCP. Ambos os bancos continuam a ter no seu preçário um "spread" mínimo de 1,25%. 

Estas últimas movimentações colocam o "spread" mínimo médio actual nos 1,45%. Uma taxa bastante inferior à média de 3,48% que se chegou a verificar entre Dezembro de 2012 e Junho de 2013, período em que as taxas de juro se mantiveram mais elevadas.

Com este movimento, o BPI demonstra a sua aposta neste segmento que, nos últimos anos, tem registado um forte crescimento. Segundo os últimos dados do Banco de Portugal, nos primeiros nove meses deste ano, as instituições financeiras emprestaram 5,953 milhões de euros para a compra de casa, um valor que representa um aumento de 42,7% face ao mesmo período do ano passado. Aliás, este montante supera todo o dinheiro emprestado ao longo do ano passado.

Este reposicionamento do setor no crédito à habitação surge numa altura em que os bancos precisam de emprestar dinheiro para poderem ser rentáveis e melhorar os seus resultados.

Fonte: Negócios

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