03 maio 2017

AVENUE investe na reabilitação de edifícios emblemáticos de Lisboa e Porto


A AVENUE, empresa de promoção imobiliária, detida pelo fundo pan-europeu Perella Weinberg Real Estate Fund II, gerido pela Aermont Capital, prevê investir 200 milhões de euros em projetos de reabilitação urbana até ao final de 2020, estando o investimento orientado para edifícios ou terrenos localizados em zonas prime. Desde 2015, e fruto de um plano inicial de investimento de 100 milhões de euros, tem, atualmente, sete projetos em curso, seis em Lisboa e um no Porto. Os restantes 100 milhões de euros estão previstos para o triénio 2018-2020.


Quatro destes projetos encontram-se atualmente em fase de comercialização – Liberdade 203, com uma taxa de comercialização de 98%, Liberdade 40, 94% comercializado, Orpheu XI Chiado, com 50% comercializado, e Aliados 107, com uma taxa de comercialização de 70%. Dois projetos estão em fase de desenvolvimento – o histórico 266 Liberdade e o The Cordon Chiado – e ainda um último ativo que se encontra em fase de compra, localizado em Lisboa. A AVENUE prevê a consolidação da sua atividade até ao final do presente ano, com a aquisição de mais dois a três ativos em Lisboa e no Porto.

Chiado, Avenida da Liberdade e Avenida dos Aliados são as zonas escolhidas pela AVENUE para a reabilitação de edifícios emblemáticos que fazem parte da história das cidades. Da intervenção resultam maioritariamente edifícios residenciais, e em alguns projetos com o piso térreo destinado a fins comerciais. Os apartamentos oferecem tipologias desde studio/ loft e de T1 a T4 dúplex, com áreas que variam desde os 35 até os 400 m2, e com um valor médio por m2 de aproximadamente cinco mil euros nos Aliados, entre 7 e 8 mil na Av. da Liberdade e os 9 a 10 mil no Chiado.

Os quatro projetos em fase de comercialização totalizam 93 apartamentos e 14 lojas, com uma taxa média de comercialização de 85%. A maioria dos compradores é de origem lusófona, com 40% de clientes de nacionalidade lusa e 40% de origem brasileira. Os restantes 20% são oriundos da Europa e de outras geografias.

Aquisição e transformação

Aniceto Viegas, diretor-geral da AVENUE, destaca que a estratégia da empresa assenta num “modelo de negócio que contempla a aquisição, transformação e venda de imóveis”. Assim, acrescenta, “a estratégia inicial da AVENUE centrou-se na intervenção em edifícios emblemáticos, preferencialmente localizados na Avenida da Liberdade e Chiado, em Lisboa, e na Avenida dos Aliados, no Porto. Esta estratégia acompanha a tendência de redinamização dos grandes centros urbanos, verificada desde 2015”.

Para Aniceto Viegas, o segredo do negócio está em “acompanhar e, sempre que possível, antecipar a procura do mercado, tendo sempre em mente a preocupação em oferecer um produto que responda às expetativas dos nossos clientes, quer nacionais, quer internacionais”.

A AVENUE, criada há dois anos, tem atenção focada nas zonas prime das duas principais cidades. “Temos privilegiado a localização, escolhendo edifícios situados no centro histórico ou nas avenidas mais emblemáticas. Procuramos também edifícios com história, edifícios que façam parte do nosso legado patrimonial e que devem ser novamente valorizados.” Dois exemplos são o edifício da Rua António Maria Cardoso, no Chiado, o Orpheu XI, que foi batizado assim porque foi o local onde Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro lançaram a revista com o mesmo nome, em 1915, e que revelou ao mundo alguns dos maiores nomes da escrita contemporânea e do movimento modernista português, e o edifício do Diário de Notícias, na Avenida da Liberdade.

O responsável acrescenta ainda que “a viabilidade dos projetos pode não ser possível quando a localização do imóvel não é adequada, ou quando não revela procura a preço ajustado e capaz de acomodar os valores de aquisição dos imóveis. Adicionalmente, caso a volumetria e características dos imóveis não permitam desenvolver um ‘concept design’ adequado, preferimos não concretizar operações que gerem um produto que não seja compatível com as expectativas dos nossos clientes”.

Sobre o investimento futuro, o responsável garante, “assumimos o compromisso de contribuir para a dinamização dos centros históricos urbanos e regeneração urbana, e vamos prosseguir a nossa estratégia através da escolha criteriosa de ativos que se enquadrem nos padrões de qualidade que nos propomos”.

Estabilização dos preços

O mercado imobiliário português recuperou grande parte da sua dinâmica e acompanhou a tendência nacional dos dois últimos anos, ao apresentar taxas de crescimento positivas em geral. Relativamente aos preços de venda, destaca Aniceto Viegas, “o expectável será uma tendencial estabilização do preço dos imóveis, mas que continuará, contudo, a registar crescimento. Os preços de venda estão igualmente a atingir a maturidade, prevendo-se também a estabilização da rendibilidade do investimento imobiliário”.

Acrescenta que “o mercado continua a vender em planta e a não criar stock, ou seja, a oferta continua abaixo dos níveis da procura”.

Fonte: Vida Económica

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