03 abril 2017

Estrangeiros compraram quase 1000 imóveis em Lisboa


Só nos primeiros seis meses de 2016, os estrangeiros adquiram 909 imóveis (quer de uso residencial quer comercial) na Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Lisboa, revela a Confidencial Imobiliário no âmbito do SIR-RU, sistema que apura indicadores estatísticos sobre transações imobiliárias nesta área.


Estas aquisições totalizaram um investimento de 313,9 milhões de euros, correspondente a 18,3% dos 1,7 mil milhões de eurois transacionados no total da ARU nesse período.

Os europeus foram os mais ativos nas aquisições por internacionais, comprando cerca de 52% dos imóveis (em número), embora também os asiáticos se evidenciem, com um peso de 34%. Com uma representatividade menor estão os continentes Africano e Americano, cada um com cerca de 6% do total dos imóveis transacionados.

As freguesias da Misericórdia e Santa Maria Maior – ambas no Centro Histórico de Lisboa -; e de Santo António são as que concentram maior número de imóveis adquiridos por compradores internacionais, com mais de uma centena de transações cada uma. Também as freguesias de Arroios, Estrela, São Vicente e Avenidas Novas se mostraram dinâmicas, com o número de vendas a estrangeiros em cada uma a variar entre os 65 e os 88 imóveis.
Em termos de nacionalidades, são os franceses e os chineses que mais se destacam quer em volume de investimento quer em número de imóveis adquiridos, ambas com quotas de mais de 20% nos dois indicadores. No conjunto, as duas nacionalidades foram responsáveis por 50% do volume de investimento (chineses, 29% e franceses, 21%) e por 48% dos imóveis adquiridos (chineses, 25% e franceses, 23%) por estrangeiros.

Os chineses apresentam um ticket médio de investimento de 489 mil euros e preferem as freguesias fora do Centro Histórico de Lisboa, as quais têm um peso agregado de 63% nas transações protagonizadas por esta nacionalidade. Neste contexto, destaca-se Arroios, com 20% do total. Ainda assim, a freguesia da Misericórdia, no Centro Histórico, concentra 27% dos imóveis adquiridos por chineses. Já os franceses investiram, em média, 263 mil euros, mostrando preferência pelo Centro Histórico, especialmente nas freguesias da Misericórdia e de São Vicente, que concentram, respetivamente 23% e 20% dos imóveis adquiridos por esta nacionalidade.

Fonte: Vida Económica

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