18 março 2017

Regeneração urbana estimula cidade do Porto


A dinamização do mercado imobiliário chegou também à cidade do Porto, tanto na reabilitação urbana como na construção de condomínios de luxo. Não é só Lisboa que está na moda. O Porto, depois de vencer pela terceira vez como Melhor Destino Europeu 2017, pela European Best Destination, é cada vez mais uma cidade obrigatória na rota dos turistas. Mas não é só no turismo que tem vindo a ganhar importância, também o mercado residencial conquistou uma nova dinâmica e a regeneração urbana é um facto consumado e em expansão.



A Porto Vivo – Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense está mais dinâmica do que nunca ao fechar o ano de 2016 com os melhores resultados dos últimos dez anos. No último ano foram rececionados pela Porto Vivo 1309 requerimentos (mais 65 do que em 2015) e contabilizados 308 novos processos (mais 153 do que em 2015). Também o número de alvarás de utilização cresceu, mais 11 do que em 2015 (42), registando apenas um ligeiro decréscimo o número de alvarás de obra nova (menos 25 do que em 2015).



E se a reabilitação está a tomar conta do Porto, também a construção nova de condomínios de luxo estão de volta à Invicta. As ‘Casas Quinta da Vilarinha’, o mais recente empreendimento residencial premium, ou o ‘Marechal 1000’, o ‘Aliados 107’, bem como o edifício residencial ‘Essenza’ são alguns projetos em comercialização neste momento.

Também é notícia o projeto imobiliário Bonjardim City Block, que permite conjugar os usos de habitação, retalho e hotelaria, o maior previsto para a cidade do Porto e que se encontra à venda.

Na verdade, o mercado imobiliário do Porto apresenta um grande dinamismo. A prova disso é o facto da consultora imobiliária Predibisa, uma das consultoras imobiliárias mais antigas a operar na cidade, fechou o ano de 2016 a crescer cerca de 40% face ao ano transato. Com uma concretização de negócios a rondar os 100 milhões de euros, todas as áreas de negócio registaram uma evolução favorável. Num ano que voltou a ser um dos melhores da última década para o mercado imobiliário em Portugal, o Norte continua a ser uma zona forte para o investimento, com a concretização de grandes transações nos segmentos de reabilitação, habitação, retail, hotelaria, escritórios e indústria.

Baixa do Porto é a localização privilegiada

Segundo João Nuno Magalhães, diretor-geral da Predibisa, este crescimento no mercado imobiliário deve-se bastante à questão da reabilitação urbana centrada na Baixa do Porto. “A cidade, em particular o centro, tem sido alvo de procura por parte de estrangeiros e de portugueses, que procuram investimento. A incerteza bancária impulsionou este fenómeno, bem como os incentivos à reabilitação por parte da Câmara Municipal do Porto. Desde o ano de 2012 que a grande aposta na construção se concentra neste segmento imobiliário”, revela o responsável. Para este ano a reabilitação urbana irá continuar a mostrar uma forte robustez, desde a zona dos Aliados (a sala de visitas do Porto), o eixo Sá da Bandeira aos Clérigos e a zona Mouzinho da Silveira e Flores até à Ribeira.

João Nuno Magalhães adianta ainda que o segmento residencial no Porto tem vindo a traduzir-se numa retoma acentuada na construção, com a Foz a apresentar-se como uma das zonas que tem previstos novos projetos habitacionais. “Em termos de valores podemos apontar para uma média de 3.000 euros/m2 no centro do Porto, com uma procura acentuada em tipologias T0, T1 e T2. Na zona da Foz e Boavista, a construção nova apresenta valores a partir de 3.500/ m2 e as tipologias mais procuradas vão do T2 ao T5”, revela.

Os Aliados são a zona do Porto onde se localizam atualmente os produtos de habitação reabilitada mais caros da cidade. Atingindo 2.981 euros/m2, o asking price médio desta zona situa-se entre 11% e 55% acima dos valores médios de oferta apresentados noutras zonas da cidade para o mesmo tipo de produto. Já em termos de dinamismo da oferta, é o Centro Histórico que lidera, concentrando 48% dos apartamentos integrados em projetos de reabilitação urbana construídos ou em desenvolvimento na Invicta, e mais do que duplicando o volume contabilizado nos Aliados (21% da oferta). Estas são duas das principais conclusões apuradas no âmbito do estudo “Reabilitação Urbana para Uso Residencial no Porto”, uma iniciativa da Prime Yield, desenvolvida em parceria com a Predibisa.

Investidores estrangeiros interessados na Invicta

Quanto a investidores estrangeiros, também o Porto tem sido uma das cidades preferidas. Segundo João Nuno Magalhães, desde 2013 que muitas empresas estrangeiras, particularmente francesas, inglesas e alemãs, têm vindo a comprar grandes ativos imobiliários numa base de rendimento garantido e, aqui, o Norte tem-se afirmado cada vez mais como uma região atrativa para esses negócios. Isto porque tem um metro quadrado dos mais baratos da Europa e porque o rendimento desse metro quadrado é dos mais altos da Europa.

Fonte: Jornal Económico

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