27 abril 2016

Imovirtual. Há cada vez mais pessoas a procurar casa no telemóvel


A responsável do portal de pesquisa de imóveis para comprar e vender ou arrendar, Cláudia Gomes, acredita que utilizadores de desktop serão residuais. O Imovirtual, o portal de pesquisa de imóveis para comprar e arrendar, fechou 2015 com 30 milhões de visitas, mais 42% que no ano anterior. Atingiu ainda um milhão de anúncios registados e foram trocados mais de 100 mil e-mails por mês entre anunciantes e potenciais compradores. Mas foi nas visitas através do telemóvel que o portal mais cresceu.


"43% das nossas visitas foram feitas através de telemóveis ou tablets, e não só na aplicação, também tivemos muitos acessos diretos ao site nesses dispositivos. Foi um crescimento de 110% face a 2014 e que está para ficar. No primeiro trimestre, 50% das visitas foram em mobile e em alguns meses chegou mesmo a ultrapassar. Daí que a nossa perspetiva é, no final deste ano, ter mais utilizadores mobile do que no desktop", disse a responsável do portal, Cláudia Gomes.
A responsável do portal de pesquisa de imóveis para comprar e vender, Cláudia Gomes, acredita que utilizadores de desktop vão ser cada vez mais residuais O Imovirtual, o portal de pesquisa de imóveis para comprar e arrendar, fechou 2015 com 30 milhões de visitas, mais 42% que no ano anterior. Atingiu ainda um milhão de anúncios registados e foram trocados mais de 100 mil e-mails por mês entre anunciantes e potenciais compradores. Mas foi nas visitas através do telemóvel que o portal mais cresceu. 

"43% das nossas visitas foram feitas através de telemóveis ou tablets, e não só na aplicação, também tivemos muitos acessos diretos ao site nesses dispositivos. Foi um crescimento de 110% face a 2014 e que está para ficar. No primeiro trimestre, 50% das visitas foram em mobile e em alguns meses chegou mesmo a ultrapassar. Daí que a nossa perspetiva é, no final deste ano, ter mais utilizadores mobile do que no desktop", disse a responsável do portal, Cláudia Gomes, em entrevista ao Dinheiro Vivo. Aliás, a nova site manager do Imovirtual acredita mesmo que em breve "os utilizadores de desktop serão residuais". 

A empresa está, por isso, empenhada neste segmento, fazendo melhorias no portal e realizando estudos para perceber os diferentes critérios de pesquisa. 

"Reparámos que os utilizadores de iPhone e Ipad - e também os de desktop - procuram tipologias mais caras. E quem tem Android procura casas mais baratas", conta Cláudia Gomes. Em causa, explica, está o fato de "existirem mais modelos de Android que de iPhone e de serem mais baratos, ou seja, são mais usados por jovens estudantes ou em início de vida profissional e ainda com baixo poder de compra. Daí que estes utilizadores também procurem mais o arrendamento". 

O problema é que os imóveis que os mediadores colocam no Imovirtual ainda têm rendas elevadas, como aliás acontece com todas as outras casas que há para arrendar no mercado. 

De acordo com as estatísticas do Imovirtual, em 2015, as rendas dos apartamentos que foram anunciados no portal aumentaram mais de 5% face ao ano anterior e atingiram, em média, os 741 euros. E no caso de uma moradia, as rendas subiram 15% para 1464 euros por mês. Mas Cláudia Gomes nota que este valor é uma média e que inclui tipologias grandes e pequenas, ou seja, há rendas mais baixas por exemplo num T0 ou num T1. 

Falta de casas para arrendar 

Para a responsável do Imovirtual, o problema não é tanto o preço, mas mais a falta de oferta de casas para arrendar para a quantidade de procura que existe. "Apenas 15% a 20% dos apartamentos que são anunciados no portal estão para arrendar, mas a 60% a 70% da procura que temos é para arrendamento. Neste momento, arrenda-se uma casa num mês e às vezes até em dias, mas não se vende uma casa num mês", comenta. 

E isto mesmo com preços mais baixos. "Os valores de venda não estão a subir", esclareceu. Aliás, segundo as estatísticas do portal no ano passado, os preços desceram mais de 6% nas moradias e mais de 8% nos apartamentos, em parte porque "os bancos ainda não estão tão abertos a dar crédito como se diz e, por isso, os proprietários decidem não aumentar já os preços". 

E isto mesmo havendo mais oferta e mais procura por casas grandes ou seja, tipologias de T5 a T10, Segundo os dados da empresa, a procura por este tipo de imóveis cresceu 68% face a 2014, "muito por causa do interesse dos estrangeiros, mas também dos portugueses que, com a melhoria da economia e das condições de vida, procuram casas maiores". 

É por isso que para Cláudia Gomes "pode haver uma viragem nos preços agora que começa a haver mais confiança". Contudo, não deixa de ser uma visão um pouco diferente de outros agentes do mercado. De acordo com os resultados de 2015 das principais mediadoras em Portugal os preços de venda começaram a subir, ainda que apenas ligeiramente. Só mesmo nas zonas históricas de Lisboa e Porto é que os valores subiram mais por causa da crescente procura por parte dos estrangeiros. 

Crescer 30% em 2016 

Contudo, ambos concordam que há uma maior dinâmica do mercado e isso notou-se nos resultados do Imovirtual em 2015 e continua a notar-se também no início de 2016. 

"Nos primeiros três meses do ano registámos três milhões de visitas por mês o que representa mais 400 mil visitas por mês que no mesmo período de 2015", adiantou ao Dinheiro Vivo, acrescentando que "o objetivo é crescer 30% em 2016".

Além disso estão "com mais produto para oferta", mais precisamente 275 mil anúncios de imóveis que, garante Cláudia Gomes, estão todos para venda ou arrendamento. 

"Não somos o portal com o maior número de imóveis, porque os nossos anúncios são pagos e têm de ser renovados [e pagos novamente] em quatro semanas. Mas é, por isso, que todas as casas que temos estão mesmo disponíveis no mercado. Nos outros portais há mais imóveis, mas muitos já não estão à venda ou para arrendar ou já foram vendidos e arrendados. Aqui isso nunca acontece e não acontecerá porque creio que isso tira credibilidade ao portal", remata.

Fonte: Dinheiro Vivo

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