07 julho 2017

34% das novas aberturas em 2017 foram no setor da restauração


Segundo o novo estudo publicado pela Cushman & Wakefield “Global Food & Beverage Market ”, o aumento de área de restauração em centros comerciais – que hoje ocupa em projetos novos ou remodelados 20% do total – está a ser motivado pelo grande crescimento do consumo neste setor.


A combinação da esperada subida das despesas em restaurantes nos próximos 10 anos e da vontade dos consumidores de transformarem as suas visitas aos centros comerciais em experiências sociais e de lazer, abre uma oportunidade para o crescimento e diversificação da oferta de restauração e entretenimento nos conjuntos comerciais.

Todas as regiões analisadas no estudo preveem um aumento nas despesas dos consumidores em restauração, com a Ásia Pacifico, Médio-Oriente e África a liderarem, com um crescimento médio anual estimado em 7,4% até 2026. Na Europa e continente americano, mercados mais maduros, o crescimento anual esperado é de 4,9 e 5,5% respetivamente.

As zonas de restauração indiferenciadas em centros comerciais têm os dias contados. Se é certo que se espera que os operadores de grande escala continuem a dominar o setor em termos de área, a importância da diversidade e unicidade de conceitos é cada vez mais reconhecida, sendo premente a criação de espaços de inovadores.

A Cushman & Wakefield acredita que existe um enorme potencial para os formatos de restauração mais criativos, que poderão passar por pequenos quiosques de comida e bebida especializados, revisitação de conceitos tradicionais como padarias ou vendas de frescos, lojas de produtos culinários e até escolas de cozinha. Atualmente, apenas um pequeno grupo dos operadores internacionais apostaram neste formato de restauração que conjuga o conceito tradicional com a experiência associada à gastronomia, mas o espaço para crescimento é enorme. 

De acordo com Marta Esteves Costa, associate e diretora de Research & Consultoria da Cushman & Wakefield em Portugal, “Para o consumidor moderno a ligação entre a experiência de consumo e de restauração é hoje mais forte do que nunca, a gastronomia é cada vez mais valorizada e o grau de exigência da população é muito superior. A crescente convicção de que os centros comerciais têm que se posicionar cada vez mais como um destino de lazer no qual o consumo se integra, torna evidente o papel preponderante que o setor da restauração pode vir a ter no processo de modernização e diferenciação pelo qual todos os centros comerciais que se queiram afirmar no futuro devem obrigatoriamente passar.

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