20 maio 2017

Escritórios. Transações em Lisboa cresceram 40% em 2017


Mercado de escritórios de Lisboa transacionou 54.054 m² só nos primeiros quatro meses de 2017, crescendo 40% face ao período homólogo. A escassez de escritórios na capital portuguesa leva a que este segmento esteja muito ativo. O departamento de Office Agency da consultora JLL, revela que, até abril, o mercado de escritórios de Lisboa transacionou 54.054 m2, num crescimento acumulado de 40% face ao período homólogo.


Neste período de quatro meses foram concluídas 87 operações, com uma área média de 621 m2. Em abril a absorção atingiu os 10.404 m2, um crescimento de 68% face ao mesmo mês do ano passado e uma descida de 14% face ao mês anterior, apurou o último Office Flashpoint da JLL, consultora que registou uma quota de mercado de 42% no acumulado do ano.



São os casos da mudança de escritórios de uma sociedade de advogados e do Bankinter para os edifícios Marquês de Pombal 12 e 13, ambas as operações a cargo da JLL; mas também da mudança de edifício da Janssen Cilag para o edifício do Lagoas Park, concluído no início do ano passado; e da ocupação pela Farfetch da última fração disponível no Edifício D. Luis I, concluído no último trimestre de 2016.

De acordo com a análise da JLL e em reflexo desta tendência, a mudança de escritórios foi a principal motivação para a ocupação de área no trimestre, com um peso de 78% do total do take up. Os restantes 22% distribuem-se entre a expansão de área e a entrada de novas empresas em Lisboa.

Do total das transações concluídas no período em análise, 23 correspondem a operações fechadas em abril, traduzindo numa área média transacionada de 452 m2. Nesse mês foram fechadas quatro operações envolvendo áreas superiores a 1.000 m2. nomeadamente a expansão de cerca de 3.300 m2 do BNP Paribas na Torre Ocidente; a entrada da consultora Hiscox na cidade de Lisboa. onde ocupa agora 1.034 m2 no Atrium Saldanha; a expansão de 1.005 m2 dos escritórios da Regus no Lagoas Park; e a ocupação pela BOSE de 1.042 m2 no edifício Defensores de Chaves 45.


Estas transações evidenciam o facto de 75% da área ocupada ter correspondido a absorção líquida, motivada quer pela necessidade de Expansão de Área (47% do total da ocupação mensal) quer pela Entrada de Novas Empresas na Região de Lisboa (28% do total). Em termos acumulados, a Mudança de Escritórios mantém-se como a principal motivação, correspondendo a 61 % da área ocupada, com as operações de Expansão de Área e a Entrada de Novas Empresas a pesar 26% e 14%, respetivamente.

Em termos geográficos, o Corredor Oeste mantém-se como a zona mais dinâmica do mercado de escritórios no primeiro quadrimestre de 2017 (30% do total), seguido do Prime CBD, com 24% do total cumulado. No mês de abril, a Nova Zona de Escritórios ocupou a liderança (32%), destacando-se também o Corredor Oeste (28%) e o CBD (21%).

“O ano começou com o mercado de escritórios bastante ativo e a tendência de transações de grande dimensão manteve-se, com nove operações acima dos 1.000 m² nestes três meses. Muitas destas operações são referentes a mudanças de edifício, já que as empresas viram neste momento de mercado, em que ainda existem alguns edifícios novos ou em localizações prime, uma boa oportunidade para mudar de instalações”, comenta Mariana Rosa, Diretora do Departamento de Office Agency & Corporate Solutions da JLL.

No que respeita à procura, o setor de Serviços Finançeiros lidera, sendo responsável por 19% da área ocupada no acumulado e por 32% da área ocupada em abril, tendo sido mesmo responsável pela maior operação desse mês. Também a consultora Aguirre Newman revela que, durante os próximos dois anos, o mercado de escritórios de Lisboa contará com um aumento no stock de escritórios na ordem dos 58.000 m2 de área de escritórios (ABC), através da conclusão de seis novos projetos.

Desta nova disponibilidade, cerca de 75% da área que entrará no mercado já se encontra com contratos de pré-arrendamento, tendo estes sido estabelecidos antes do início da construção. Verifica-se assim que apenas cerca de 11.000 m2 se referem a construção especulativa, referente aos edifícios Marquês de Pombal 14 e Camilo Castelo Branco 36 - 44.

Para os projetos em pipeline no mercado de Lisboa para os próximos anos, a zona ribeirinha é a que apresenta maior expressão, com 28.200 m2 em construção.

Fonte: Jornal Económico/JLL

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