14 abril 2017

EDP vende imóveis localizados no centro do Porto


Transações rondam cerca de 10 milhões de euros. Seis anos depois da inauguração da sede na Boavista, onde concentrou a maioria dos serviços, a EDP conseguiu vender alguns dos cerca de 22 imóveis que tem espalhado no Porto, especialmente concentrados na Baixa da cidade. Recentemente, a EDP Imobiliária vendeu o Palácio Bijou, localizado na Rua Alexandre Herculano, três edifícios localizados na Rua Gonçalo Cristóvão, em frente ao viaduto, e um edifício na Rua Sá da Bandeira, que faz gaveto com a Rua Firmeza e a Rua do Bolhão. Os imóveis, comprados por investidores, num destes casos por um investidor estrangeiro, destinam-se sobretudo a hotelaria, embora se encontrem ainda numa fase inicial de licenciamento.

No caso do Palácio Bijou (na foto), localizado na Rua Alexandre Herculano, e que foi durante anos um dos locais onde funcionaram os serviços ao público da EDP, é constituído por um conjunto de três prédios, ligados entre si, com uma fachada em Art Déco, com 5.000 m2 de área e com um valor de referência de cinco milhões de euros. O imóvel, que poderá ser transformado em habitação ou numa unidade hoteleira, esteve vários meses em venda, sendo este um dossier que percorreu várias mediadoras.

O edifício é composto por R/C, 1º andar e 2º andar, arrumos, áreas-furtadas, áreas técnicas, gabinetes e instalações sanitárias. O imóvel encontra-se devoluto, estando as instalações em razoável estado de conservação.

Há cerca de um mês foi retirado do mercado e tudo leva a crer que a EDP Imobiliária tenha concretizado a venda a um dos interessados, possivelmente com um ajustamento no preço, já que essa era uma das razões para a demora na venda.

Hotel em Gonçalo Cristóvão

Outro dossier é a venda de três edifícios, interligados entre si, na Rua Gonçalo Cristóvão, em frente ao viaduto, e com um valor de referência de 3,8 milhões de euros, e onde se prevê venha a nascer mais uma unidade hoteleira.

No dossier de apresentação é descrito como “imóvel composto por três prédios urbanos ligados entre si, dois deles dão diretamente para a rua Gonçalo Cristóvão, o terceiro é utilizado como garagem confrontando com a rua Régulo Maguanha. O conjunto tem uma área bruta total de aproximadamente 8.000 m2, sendo cerca de 6.800 m2 de área bruta acima do solo. Conta ainda com 82 lugares de estacionamento (41 dos quais cobertos).

A EDP tem um conjunto de outros ativos que pretende alienar e que colocou em venda há vários meses. É o caso de terrenos e antigas instalações desativadas e localizadas em várias zonas da cidade. Um desses terrenos, que tudo indica vendeu recentemente, fica localizado na Rua das Linhas de Torres, com a Circunvalação. São mais de cinco mil m2, mesmo em frente à antiga Fábrica do Cobre, recentemente vendida pela Sonae Capital ao grupo ABB.

Em fase de venda tem as instalações na zona do Freixo, Campanhã, onde funciona o CACE Cultural. Também na marginal do Rio Douro, na Rua do Ouro, junto às torres do Aleixo, a EDP tem em venda as antigas instalações da fábrica de gás, um ativo muito valorizado tendo em conta a excelente localização. O terreno da rua do Ouro tem cerca de 29 mil m2. De acordo com especialistas no mercado imobiliário estes terrenos valem à volta de 17 milhões de euros.

Hotel Ibis vai abrir em Sá da Bandeira

Parte do antigo edifício de escritórios da EDP, localizado na Rua Sá da Bandeira, mas ocupando o gaveto entre a Rua Firmeza e a Rua do Bolhão, foi comprado por um investidor e vai ser transformado numa unidade Ibis, do grupo Accor.

A aquisição foi feita recentemente por um investidor franchisado do grupo Accor, por um montante que rondou os três milhões de euros. 

O hotel terá a entrada pela Rua Sá da Bandeira, contudo vai desenvolver-se apenas a partir do segundo andar até ao sexto andar, onde ficarão alguns dos serviços, como é o caso do restaurante. O primeiro piso continuará a funcionar como escritórios, como atualmente, e as lojas do R/Chão, que pertencem a outros proprietários, continuarão a ser arrendadas, como acontece neste momento.

A nova unidade hoteleira Ibis, que terá 96 quartos, terá um segundo acesso, para a parte técnica, através da entrada de um quarteirão que fica localizado na Rua do Bolhão.

A AccorHotels confirmou ao Imobiliário que está prevista a abertura de um hotel sob a marca Íbis. “Mas trata-se de um franchising, pelo que, neste caso, não será a AccorHotels a investir, mas sim um parceiro”, referiu fonte do departamento de comunicação.

Procuramos confirmar, junto da direção de comunicação da EDP, as informações sobre a venda dos terrenos, mas até ao fecho da edição não recebemos resposta às questões.

Fonte: Vida Económica

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