27 fevereiro 2017

Preço das casas vai subir 4% em Lisboa e no Algarve


Apesar dos preços da habitação estar a subir em quase todas as regiões do país, é em Lisboa e no Algarve que se irá registar o aumento mais acentuado em 2017. Algarve e Lisboa são as regiões do país onde a subida dos preços das casas deverá ser mais acentuada ao longo dos próximos 12 meses, estimam os mediadores e promotores imobiliários que respondem a este inquérito mensal de confiança para o mercado residencial produzido pelo RICS e pela Confidencial Imobiliário e traduzido no Portuguese Housing Market Survey (PHMS).


De acordo com os resultados apurados em janeiro, as projeções para este ano apontam para um aumento do preço da habitação de cerca de 4% nestas duas regiões, enquanto que na região do Porto se antevê um crescimento mais lento.

Segundo Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, “os preços estão a subir em todos os mercados cobertos pelo inquérito. Nas regiões de Lisboa e do Algarve de forma mais intensa, mas a Área Metropolitana do Porto segue um caminho semelhante”. O responsável adianta ainda que a “principal dificuldade mencionada pelos inquiridos atualmente é a escassez de casas, tanto para vender como para arrendar. Mas principalmente para vender, observando-se um abrandamento na procura para arrendar. As condições de mercado encontram-se claramente favoráveis à dinâmica imobiliária e as expetativas apontam para que os preços e a procura continuem a crescer em 2017”. 

Os resultados mostram ainda uma nova aceleração na subida dos preços das casas a nível nacional, evidenciando ainda que a procura no mercado de compra e venda continua a superar a oferta. Ainda assim, esta última recuperou ligeiramente em janeiro, com as novas angariações de fogos para a venda a aumentarem marginalmente pela primeira vez em seis meses. As vendas acordadas registaram neste mês um forte aumento em todas as regiões cobertas pelo PHMS (Lisboa, Porto e Algarve) e, com a procura a manter-se superior à oferta, os preços das casas continuam em ritmo ascendente.

Também no mercado de arrendamento, a oferta continua pouco dinâmica, em contraste com a procura por parte de arrendatários, que continua a subir de forma robusta. Esta é uma tendência que se tem vindo a verificar, em grande parte dos últimos dois anos, o que tem levado a que as rendas se mantenham firmemente em trajetória ascendente.

Simon Rubinsohn, Economista Sénior do RICS, afirma também que se confirmou “que o crescimento do PIB em Portugal ultrapassou a média da zona euro pelo segundo trimestre consecutivo no 4º trimestre de 2016. A segunda metade de 2016 registou o maior crescimento económico semestral desde 2010. Não obstante, como um todo, a economia permanece 4% abaixo de 2008 e será necessário uma melhoria sustentada para continuar a apoiar o mercado imobiliário”.

Fonte: Jornal Económico

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