06 fevereiro 2017

O que esperar de 2017 no sector imobiliário


O último Market Beat elaborado pela Cushman & Wakefield reforça – à semelhança de outras consultoras – que o ano de 2016 foi um bom ano para o sector imobiliário em Portugal. No documento pode ler-se que “a atividade de investimento, principal motor do sector, manteve-se extremamente dinâmica, atingindo-se o segundo maior volume da história”.


No âmbito do imobiliário comercial, a consultora reporta 1,3 mil milhões de euros investidos no ano passado, o que configura o valor mais alto de sempre, segundo os dados da Cushman & Wakefield. O capital estrangeiro “continuou a ser o principal impulsionador da atividade”, referem, indicando que, contudo, este reduziu o seu peso face ao ano anterior, representando 82% do total. Os investidores nacionais foram responsáveis por um volume de 229 milhões de euros, maioritariamente alocados ao sector de escritórios, 60% do total. O investidor mais ativo foram os fundos de investimento, responsáveis por 77% do volume.

Fonte: Cushman & Wakefield

A correção em baixa das yields, manteve-se ao longo de 2016 e de forma muito acentuada no final do ano, indicam no documento, referindo que em dezembro de 2016 as “yields prime do mercado imobiliário situam-se nos 4,90% para escritórios, 5% para centros comerciais, 4,75% para comércio de rua e 6,50% para industrial”.

O que esperar para 2017

Eric Van Leuven, diretor geral para Portugal da Cushman &Wakefield, apresenta perspetivas moderadamente otimistas para este novo ano. Entende que “os sectores de escritórios e retalho serão os mais dinâmicos, ainda que a escassez de oferta de escritórios de qualidade em Lisboa possa atenuar o volume de procura”. Quanto à atividade de investimento, acredita que “esta deverá ultrapassar os níveis de 2016”, podendo mesmo chegar a um novo recorde histórico, tendo em conta o vasto conjunto de operações que se encontram em fase avançada de negociações, bem como alguns portefólios prestes a entrar no mercado”.

Outro dos temas a ter na mira é a alienação de grandes portefólios que deverá acontecer em 2017. Da entidade indicam que “aproveitando os continuados níveis de liquidez no mercado e no contexto de uma maior aproximação das expetativas de valor por parte de compradores e vendedores, o ano de 2017 será marcado pela concretização de operações de alienação de grandes portefólios por parte dos bancos, seguradoras e empresas imobiliárias, levando à sua tão necessária recapitalização”.

Fonte: Funds People Portugal

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