17 fevereiro 2017

ERA tem o melhor ano de sempre com faturação a crescer 30%


A ERA Portugal fechou o ano de 2016 com um aumento da faturação de 30%, tendo vendido mais de 12 mil imóveis, num montante total superior a 1500 milhões de euros. No top três dos distritos que mais cresceram em faturação estiveram a Guarda (81,6%), Évora (60,1%) e Madeira (56,6%). No que diz respeito às zonas com maior peso na faturação da rede mantêm-se Lisboa (36,3%), Porto (20,1%) e Faro (9,5%).


Dos 12 mil imóveis vendidos em 2016, mais de mil foram da banca, num total de 80 milhões de euros. Em carteira a ERA tem mais de 120 mil imóveis, sendo 12.600 de bancos (70% não-residenciais).

De acordo com a ERA, em 2016 o arrendamento decresceu, representado menos de 16% das transações da rede ERA. Por seu turno, as vendas a cidadãos estrangeiros representaram 15 % das vendas da imobiliária, sendo as nacionalidades que mais compram os franceses, os ingleses e os brasileiros. 

De acordo com Miguel Poisson, diretor-geral da ERA, “em 2017 o mercado deverá manter a trajetória de crescimento, muito impulsionado pelo aumento do crédito à habitação e pelo investimento estrangeiro – não só para quem vem viver para Portugal, como também para quem investe”. O responsável adianta, ainda, que prevê “um aumento dos projetos de construção nas zonas mais turísticas, de modo a dar resposta à forte procura que se verifica e à escassez da oferta”. 

Maior confiança das famílias

O crescimento de vendas em distritos que se localizam fora dos grandes centros urbanos é, na opinião de Miguel Poisson, uma constatação de que existe neste momento uma maior confiança por parte das famílias.

“Enquanto nos maiores centros urbanos há mais investidores, portugueses e estrangeiros, que compram a pronto, sem recurso a financiamento, fora dos grandes centros urbanos há muitas famílias dependentes dos bancos. O que se verificou foi uma maior confiança dessas famílias, que resultou na compra de casa. São famílias que já pensavam nesta decisão há algum tempo, mas, por receio da crise e das dificuldades do contexto económico, acabaram nos últimos anos por adiar, por precaução, esta decisão”.

Acrescenta que, no passado recente, os imóveis da banca eram os únicos com facilidade de financiamento. “No ano passado este tipo de imóveis sentiu já uma concorrência mais forte por parte dos imóveis de particulares, dado que houve mais facilidade em obter crédito para aquisição de habitação”. 

Em relação ao mercado do arrendamento, considera que o decrescimento registado nas transações da ERA “representa, certamente, a tendência do mercado, no sentido em que há mais pessoas a comprar do que a arrendar”. Destaca, ainda, o facto de “o financiamento estar muito competitivo e as respetivas prestações mensais serem, em muitos casos, mais baixas do que os valores mensais de arrendamento. Acresce o facto de haver muito pouca oferta de arrendamento a preços razoáveis”. O responsável destaca ainda a forte presença da ERA nos segmentos de crédito à habitação e do investimento. “Sempre estivemos presentes nestes dois segmentos”. 

Antes da crise do subprime, cerca de 90% das vendas eram feitas com recurso a financiamento. Em 2017, ainda estamos muito longe dessa realidade. 

“Temos, atualmente, excelentes protocolos com os nossos parceiros da banca e existe hoje em dia uma interdependência grande entre os bancos e o sector da mediação imobiliária. O crédito habitação vai continuar a crescer a bom ritmo em 2017, tal como já aconteceu em 2015 e 2016. Ainda estamos a cerca de 30% da concessão de crédito por parte dos bancos quando comparamos, por exemplo, com o ano 2007”, refere Miguel Poisson.

Acrescenta, “quanto aos investidores – sejam eles pequenos, médios ou grandes investidores, portugueses ou estrangeiros –, estamos obviamente hoje mais preparados para dar resposta a este segmento, que se desenvolveu nos últimos três anos e tem hoje um peso importante nos nossos resultados. As nossas equipas estão hoje totalmente preparadas para dar resposta a estes requisitos”.

A ERA conta com uma rede de 186 lojas em todo o território nacional e mais de 2350 colaboradores.

Fonte: Vida Económica

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