27 fevereiro 2017

Dinâmica de investimento no Algarve engloba turismo residencial e hotelaria


Compras no turismo residencial ainda dominadas pelo mercado britânico. Oferta hoteleira com 23 novos projetos na região. O investimento imobiliário no Algarve segue a dinâmica positiva do turismo residencial e da hotelaria. Este otimismo fica patente nas expetativas dos empresários algarvios membros da Associação da Hotelaria e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), para quem em 2017 é de esperar um crescimento de 3,1% nas taxas de ocupação e de 6,1% no volume de negócios, consequência direta do aumento médio dos preços em 3%. As empresas deverão atingir pela primeira vez desde o ano 2000 taxas de ocupação/ano próximas dos 65%.


A ajudar esta dinâmica de investimento está o facto de a região continuar “a beneficiar do clima de instabilidade que se vive em vários concorrentes diretos, como a Turquia ou outros destinos da bacia do mediterrâneo e Magreb”. “A descida do IVA sobre a alimentação e bebidas também joga a favor das contas das empresas”. 

É nessa leitura que os dados avançados pela Confidencial Imobiliário referem uma carteira de 23 novos projetos hoteleiros previstos para a região. Estes números, recolhidos no âmbito da análise dos pré-certificados energéticos emitidos pela ADENE em 2015 e 2016, permitem perceber as intenções de investimento em desenvolvimento imobiliário. 

Destes 23 projetos hoteleiros em carteira localizados no Algarve para os quais foram emitidos pré-certificados energéticos nos últimos dois anos, 13 são resultado de nova construção, enquanto os restantes 10 são respeitantes a obras de reabilitação.

Entre os novos hotéis em pipeline, seis unidades das 23 previstas têm quatro ou mais estrelas. Desta última classificação, duas unidades situam-se em Lagos e as restantes quatro distribuem-se por Lagoa, Loulé, Portimão e Silves. 

Em termos de dimensão, destacam-se dois projetos com mais de 5.000 m2 (nomeadamente um localizado em Portimão, com cerca de 5.600 m2, e outro em Silves, com 5.100 m2) e outros dois com cerca de 4.000 m2 cada (um em Lagoa e outro em Loulé). A Confidencial Imobiliário dá ainda nota de que, entre estes quatro hotéis de maior dimensão, três resultam de construção nova e têm quatro ou mais estrelas. A outra unidade de dimensão maior diz respeito a uma intervenção de reabilitação, tendo uma classificação de três ou menos estrelas.

Turismo residencial dinâmico

Também o mercado de turismo residencial na região conhece uma dinâmica positiva. Entre o início de 2015 e o primeiro semestre de 2016, o eixo Albufeira-Loulé, o principal mercado de turismo residencial em Portugal, regista um valor médio de oferta das moradias de turismo residencial nos 4.870 €/m2.

Os apartamentos apresentam preços médios de oferta nos 3.250 €/m2. Os dados divulgados pela Confidencial Imobiliário referem que, no Alentejo Litoral, os preços médios de oferta para as moradias de turismo residencial são de 2.480 €/m2 e para os apartamentos de 3.780 €/m2.

No caso do Barlavento Algarvio, esses valores são de, respetivamente, 3.880 €/m2 e 2.500 €/m2. No Sotavento Algarvio, os preços médios de oferta estão entre os mais baixos do mercado (2.140 €/m2 nos apartamentos e 3.120 €/m2 nas moradias).

A Ci destaca a elevada dispersão da origem dos compradores, sublinhando ainda assim que o Reino Unido, em especial os ingleses e irlandeses, continuam a dominar este mercado, com 64% das aquisições a estrangeiros e o volume médio de investimento mais elevado, nomeadamente de 1,78 milhões de euros por aquisição.

O mercado chinês é o segundo mais ativo entre os estrangeiros, com 10% das vendas, mas com um ticket médio de investimento de 778,9 mil euros. Os países do Norte da Europa merecem igualmente destaque – com especial relevo para a França -, com uma quota agregada de 13% nas vendas e um investimento médio de 1,40 milhões de euros. 

Fonte: Público

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