28 fevereiro 2017

CGD dá taxa fixa de 1,9% a sete anos na habitação


O banco estatal está a tentar seduzir clientes para a taxa fixa, numa campanha em vigor até ao final de Março. Esta aposta ocorre num momento em que nunca se fizeram tantos créditos a taxa fixa. O banco estatal tem a decorrer, até ao final de Março, uma campanha onde oferece aos seus clientes crédito a taxa fixa com condições mais vantajosas. A CGD garante uma taxa constante de 1,9% a sete anos, período após o qual o empréstimo passa a ser indexado à Euribor a 12 meses, como um "spread" de 1,75%.


Destinada a clientes com um maior grau de relacionamento com o banco, a oferta da CGD divulgada no site do banco arrancou a 15 de Fevereiro e decorre até ao dia 31 do próximo mês. Poderão beneficiar destas condições clientes que detenham produtos ou serviços que compõem os "packs" Cliente Mais e Ligação do banco estatal. Ou seja, é necessário deter cartões de débito e crédito na instituição, Caixadirecta, domicialiação de ordenado e seguros de vida e multiriscos da Fidelidade.

A taxa oferecida pela CGD é uma das mais competitivas do mercado, para prazos mais longos. Cada banco propõe a sua taxa fixa para vários prazos, o que dificulta a comparação. Entre os grandes bancos, por exemplo, o Novo Banco oferece uma taxa constante mínima que varia entre 1,75% e 5,8%, para períodos entre dois e 15 anos. Já o BCP garante 1,85% a 5,55%, para prazos a cinco, sete e dez anos.

E são cada vez mais as soluções da banca a taxa fixa. O ambiente de taxas negativas está a reduzir a rentabilidade dos bancos nacionais. Com as Euribor em níveis negativos em todos os prazos, as instituições financeiras estão a procurar driblar este ambiente através de uma maior aposta em contratos que não dependem da Euribor.

Mais de 34% dos novos financiamentos para a compra de casa concedidos em 2016 foram a taxa fixa. Em termos mensais, a proporção de novos créditos independentes da Euribor também têm vindo a aumentar para valores inéditos. Atingiram 42,3% do novo crédito, em Dezembro do ano passado, segundo o Banco de Portugal.

"Há cada vez mais operações a taxa fixa, o que se justifica essencialmente pela vontade dos bancos em contratarem dessa forma, porque lhes permite uma taxa de juro mais alta", explicou recentemente Filipe Garcia. Para o economista da IMF, para as famílias, "não há racional económico e de mercado para contratar a taxa fixa neste momento".

Fonte: Negócios

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