02 dezembro 2016

Prestação de crédito à habitação em queda pelo 5º ano consecutivo


As prestações que os clientes pagam aos bancos por empréstimos à habitação estão a cair há cinco anos consecutivos para os contratos indexados à Euribor a seis meses. De acordo com as simulações que a Deco/Dinheiro&Direitos faz para a Lusa todos os meses, em 2011, a prestação que um cliente bancário pagou em dezembro por um empréstimo indexado à Euribor a seis meses foi maior no final desse ano (em mais de 35 €).


Desde então – nos anos de 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016 – o valor pago ao banco tem vindo sempre a baixar.

Relativamente a dezembro deste ano, um cliente com um empréstimo à habitação no valor de 150 mil euros a 30 anos indexado à Euribor a seis meses com um ‘spread’ (margem comercial do banco) de 1%, vai passar a pagar 467,79 €/mês, o que representa menos 13,64 € face aos 481,43 € que o mesmo cliente pagava dezembro do ano passado.

Em 2015 já se verificou uma redução na prestação de 13,67 € ao longo do ano, em 2014 registou uma descida de 10,22 € e em 2013 a prestação caiu apenas 2,34 €. Mas o ano em que houve uma redução mais drástica nesta simulação foi 2012, com a diferença entre a prestação que pagava no início e o fim do ano a ser superior a 100 €.

Contudo, se a simulação for feita nas mesmas condições (empréstimo de 150 mil euros a 30 anos com ‘spread’ de 1%) mas com o indexante a ser a Euribor a três meses, as prestações caem só há três anos consecutivos.

Neste caso, usando novamente a simulação e cálculos da Deco/Dinheiro&Direitos, as prestações bancárias caíram em 2011 e 2012 (cerca de 35 e 95 €, respetivamente), mas em 2013 a prestação da casa subiu uns ligeiros dois euros, para depois voltar a cair em 2014 (9,90 €), 2015 (11,64 €) e 2016 (15,22 €).

Esta queda das prestações da casa nos últimos anos deve-se a uma significativa redução das taxas Euribor, que desde há mais de um ano negoceiam mesmo em valores negativos históricos.

Em novembro, a média mensal da taxa Euribor a seis meses foi de -0,215% e a três meses de -0,313%.

Fonte: Jornal Económico

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