São perto de 4.000 os edifícios devolutos na cidade de Lisboa. No final do 3º trimestre deste ano, a Câmara Municipal contabilizava um total de 55.400 edifícios, 7% dos quais «totalmente devolutos», que somam 3.878 imóveis.
Este número de imóveis vazios (não necessariamente em mau estado de conservação) regista-se numa altura em que a cidade carece de habitação acessível, uma tendência crescente nos últimos anos, com os preços das rendas a aumentar significativamente em várias zonas da capital. A câmara ressalva inclusive que estes imóveis se podem mesmo ser «casas reabilitadas e novas construções, mas que se encontram no mercado sem utilização».
Estes números foram enviados ao Sol, segundo o qual, estimando que cada edifício pudesse albergar 20 pessoas, soma-se um total de 77.520 possíveis moradores nestes fogos desocupados.
Apesar de o valor ser significativo, o número de imóveis desocupados e em mau estado na cidade tem vindo a diminuir nos últimos anos, e se em 2008 se contavam 4.800 edifícios vazios, o número passou para os 4.681 dois anos depois.
Até ao início de novembro, a CML investiu um total de 66 milhões de euros na reabilitação do seu património habitacional, e planeia continuar este investimento. Já foi inclusive aprovado um investimento de 75 milhões de euros para reabilitação deste tipo, a efetivar até 2020. 25 milhões serão usados no projeto Aqui Há Mais Bairro, que prevê intervenções em 21 bairros municipais.
A mesma fonte recorda também que a CML tem em vigor desde 2014 o programa RE9, que prevê várias medidas de incentivo fiscal aos proprietários que reabilitarem os seus edifícios.
Fonte: VI
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