13 outubro 2016

Porto. O Comércio de Rua está em alta


O mercado de retalho da Invicta “está em alta, potenciado pelo crescimento exponencial do número de visitantes na cidade”. Segundo Filipe Lopes, representante do Porto da Cushman & Wakefield, a cidade “está na moda e o retalho está nas preferências dos investidores de imobiliário”. O centro da cidade do Porto “passou a prioridade nos planos de expansão das marcas internacionais, o que gera uma maior liquidez de mercado”.


Apesar da maior procura, esta localização mantém preços “atrativos”, o que gera “um potencial de valorização que outras cidades europeias mais maduras já não conseguem”. Para além de conseguirem “bons rendimentos”, os investidores “vêm no Porto um potencial de valorização”. 

No que concerne ao comércio de rua, “os ativos imobiliários geram rendas atrativas atendendo ao volume de investimento”. Para o mesmo responsável, “o desafio é conseguir encontrar lojas na zona prime”, já que “a procura gerou um aumento das rendas”. Porém, frise, “é um crescimento consistentes da atividade económica, sobretudo turismo, que suporta essas rendas e não um aumento especulativo”. 

De acordo com os dados fornecidos por aquela consultora, os valores de renda prime para a baixa do Porto estão situados em torno de 50€/m2. Em zonas secundárias, estes valores oscilam entre 15€/m a 25€/m2. 

Filipe Lopes sublinha que “a realidade económica do Porto alterou-se. Houve um forte investimento no centro da cidade”, com “uma nova centralidade em termos de comércio e turismo”. A atividade turística “despoletou uma atividade económica que se encontrava adormecida”, com “o surgimento de muito novos negócios”, sendo que “o investimento imobiliário está a reagir às novas necessidades e centralidades do Porto”. Por outro lado, “a falta de edifícios adequados para os novos conceitos de retalho potenciou um afluxo de investimento em reabilitação urbana”. 

Porém, esta tendência não está isenta de riscos, alerta o mesmo responsável. “O grande risco que corremos é o de os investidores não acreditarem na estabilidade fiscal do país”, com “mudanças de lei, mudanças de taxas e impostos” que “criam incerteza”. Em paralelo, a extensão do prazo das rendas antigas por mais cinco anos para as lojas históricas e microempresas” podem ainda colocar entraves ao segmento, conclui.

Fonte: Público Imobiliário

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