09 julho 2016

Procura imobiliária em alta no Porto e em todas as frentes


Predibisa movimentou 60 milhões em escritórios, residencial, industrial e logística. Um grande edifício de escritórios encontra-se em início de construção junto ao Norte Shopping, com uma área comercial no rés do chão e vários pisos para empresas, distribuídos por uma área bruta locável de 13.500 metros quadrados. O Urbo Business Center é uma raridade num momento em que o Porto e arredores (o Urbo fica em Matosinhos) estão em alta não só para o turismo mas ao nível de capacidade de atração de empresas (nacionais e multinacionais).


O problema, aponta João Nuno Magalhães, diretor-geral da Predibisa, consultora imobiliária especializada no norte do país, "é que praticamente não 'há oferta de espaços de escritório qualificados". No caso do Úrbo Business Center foi necessário a Predibisa convencer o promotor a avançar, assegurando, corno já está, contratos de arrendamento com diversas empresas que ocupam pelo menos 40% deste edifício que deverá estar concluído dentro de nove meses. 

As áreas industrial e de escritórios valem 45% do volume de negócios transacionados pela Predibisa que encerrou o ano de 2015com um crescimento na ordem dos 40%, face ao ano anterior, uma concretização de negócios com um valor aproximado de €60 milhões. Na área da indústria e logística, por exemplo, realizaram-se negócios corno o da expansão da multinacional brasileira WEG, traduzidos na construção de uma nova unidade, em Santo Tirso e da fábrica da Eurocast, em Arcos de Valdevez, ambos investimentos internacionais, que contaram com projetos chave na mão, resultado da parceria entre a construtora Garcia, Garcia e a Predibisa. "Mas todas as áreas de negócio registaram uma evolução positiva, com o investimento, de capital estrangeiro, a ser o segmento que mais evoluiu, resultado do ano recorde de investimento imobiliário em Portugal, com o norte a ser considerado uma zona muito atrativa para grandes transações, afirmando-se as áreas comerciais, industriais, hotelaria e espaços de escritórios", sublinha o responsável. 

As contas da Predibisa acompanham esse crescendo de interesse dos estrangeiros por Portugal com o volume de negócios da empresa a valer €40 milhões em 2013, €45 milhões em 2014 e agora em 2015, com números próximos dos €60 milhões. 

O sector residencial vale 50% da faturação da empresa com os estrangeiros a conquistarem um peso significativo, principalmente o mercado francês. "O golden visa aqui não tem expressão, o brasileiro é residual - em cada 100 que compram em Lisboa só 10 adquirem casa no Porto - e são sem dúvida os franceses os mais ativos", refere João Magalhães. 

Também o retalho está a colher os resultados de todo o frenesim provocado pelo fluxo turístico. "Se é certo que o retalho de luxo ainda não chegou ao Porto, as marcas internacionais sim e tem havido grandes movimentações nas zonas de Santa Catarina, Clérigos e Sá da Bandeira". Para 2017, é expectável que a área de influência do retalho se prolongue por duas zonas no coração da Invicta: a Avenida dos Aliados e o quarteirão da D. João I onde está o Mercado do Bolhão, refere ainda o responsável.

Fonte: Expresso

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.