08 abril 2016

Estudo revela que apenas 16% dos portugueses consideram a sociedade favorável ao empreendedorismo


Para 70% da população, o medo de fracassar continua a ser um obstáculo ao empreendedorismo. O estudo que a Amway organiza anualmente a fim de compreender as motivações e receios da população a nível mundial, centra-se na perspetiva que as sociedades têm de pessoas que pretendem criar o seu próprio emprego.


A Amway, empresa líder mundial no setor de venda direta, apresenta a VI edição do Relatório Global de Empreendedorismo (AGER) um estudo realizado todos os anos, a nível mundial que foca as principais tendências, receios e motivações de diversas comunidades. 

A grande conclusão do presente ano assume que apenas 16% dos portugueses consideram a sua sociedade favorável ao empreendedorismo, posicionando-se no penúltimo lugar de uma lista total de 44 países. Uma conclusão que não surpreende, visto que nos relatórios de 2014 e 2013, Portugal também esteve nos últimos lugares do ranking. Este ano e com dados ainda mais baixos que Portugal, apresenta-se a Bulgária, no fim da lista, um país onde apenas e 8% da população inquirida considera a sua sociedade propícia para criar um negócio.

No evento “Portugal, uma sociedade pouco favorável ao empreendedorismo: Insights para ultrapassar o estigma”, organizado pela Amway em parceria com o AUDAX, Centro de Empreendedorismo e Inovação do ISCTE-IUL, as grandes conclusões foram debatidas por especialistas na área, que procuraram trazer ideias para alterar a atual postura dos portugueses. 

O ponto de abordagem e de debate deste ano tem por base o ambiente social, o setor político, as pessoas em geral e, este ano há ainda mais inquiridos a afirmar que a sua comunidade é pouco recetiva, no que toca a assuntos relacionados com empreendedorismo e com o empreendedor. 

Comparativamente à média europeia de 46% e à média global de 50%, a opinião dos portugueses em relação à forma como a sociedade apoia a criação de um negócio próprio, é negativa. Quanto à população mais jovem inquirida, os atuais millennials, 80% assumem que a sociedade portuguesa é hostil à criação do próprio negócio, uma percentagem igualmente baixa quando comparada com a média global de jovens, que responde com 53%. 

“Uma percentagem de 84% dos inquiridos assumir que a sociedade onde vive não encara positivamente as temáticas relacionadas com o empreendedorismo e com o empreendedor é desanimador. A questão que se coloca é o facto de Portugal se posicionar em penúltimo numa tabela de 44 países analisados e estar longíssimo da média global e europeia” afirma Rui Baptista, professor catedrático e Presidente do Departamento de Engenharia e Gestão do Instituto Superior Técnico em Lisboa e assessor académico do Estudo Global de Empreendedorismo da Amway. “É complicado avançar com uma carreira empreendedora quando o ambiente não é positivo. Por essa razão é extremamente importante pensar em alternativas para alterar a situação e fazer com que a sociedade portuguesa apoie ainda mais e de forma mais clara os seus empreendedores”, conclui o especialista em empreendedorismo. 

As conclusões mais positivas do estudo continuam a estar relacionadas com a atitude para empreender e o potencial para o fazer. A maioria dos portugueses continua a assumir uma atitude positiva perante a criação do próprio emprego, que este ano obteve 57% de respostas positivas. Quanto ao potencial para empreender, Portugal obteve 39% de respostas positivas, curiosamente um valor pouco mais alto que a média europeia, de 38%. A nível mundial a percentagem é ligeiramente superior, com a média de 43% dos participantes a assumir que se imagina a criar o seu próprio negócio. 

Já nos jovens adultos, pertencentes a uma faixa etária até aos 35 anos de idade, as percentagens são superiores e mais positivas. No caso da atitude, 61% mostram uma atitude positiva perante a criação do próprio emprego e 45% imaginam-se inclusivamente a fazê-lo. 

Analisando as cinco regiões alvo de estudo, pertencentes a Portugal Continental (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo, Algarve) todas apresentam percentagens muito similares no que toca à atitude, entre 57% e 60%, com exceção da região algarvia onde apenas 16% encara o empreendedorismo de forma positiva. Já relativamente ao potencial, o Algarve continua também com valores surpreendentemente mais baixos (12%) que o resto da população, que obteve entre 41% e 46%, com exceção de Lisboa, onde apenas 33% dos inquiridos procura desenvolver um negócio. 

Quantos às motivações perante a criação do próprio emprego, as razões maioritárias dos portugueses inquiridos continuam as mesmas do ano transato: ser o seu próprio chefe (45%), regresso ao mercado de trabalho e auto-realização (ambas com 30%), obtenção de uma segunda fonte de rendimento (15%) e conciliação entre trabalho e família (13%). Analisando as respostas dos outros países, a primeira posição é praticamente a mesma: ser o próprio chefe, mas quanto à segunda posição - regresso ao mercado de trabalho – Portugal foi o único país do estudo a indicar este motivo em 2º lugar. 

O medo de fracassar continua a ser a razão para não se avançar com a criação de um negócio, com 70% dos participantes inquiridos a confirmarem este receio, um valor equiparado à média europeia e global. E este receio de falhar surge por diversas razões. Em Portugal, 46% dos participantes consideram a crise económico-financeira como o principal fator (46%), seguido dos encargos financeiros para lançar um negócio (38%) e ainda o medo de ficar desempregado, caso o negócio não tenha sucesso (25%). 

“A Amway já realiza este estudo há seis edições e é perceptível que apesar da atitude descer um pouco nos últimos anos, o número de pessoas que procura criar o seu negócio tem-se mantido estável. Isto é um sinal do grande potencial empreendedor que existe em Portugal, mas é preciso dar ainda mais apoio às pessoas, dar-lhes formação e quebrar tabus e, são exactamente as instituições, empresas privadas, governo, assim como a sociedade em geral, que têm de continuar a investir.”, refere Monica Milone, general manager da Amway Iberia.

Compreender o espirito empreendedor – ÍNDICE AESI 

Inovação da Amway na análise ao empreendedorismo 
Desenvolvido pela Amway, em parceria com a Universidade Técnica de Munique, a empresa apresenta uma inovadora métrica de análise ao espirito e comportamento empreendedor, baseada na teoria do comportamento planificado do professor Icek Azjen. Assente em três pilares, Desejo (pela realização das próprias ideias), Viabilidade (relacionada com a educação e formação, as competências necessárias para iniciar um negócio) e Estabilidade (contra a pressão social, família e/ou amigos), esta métrica pretende indicar de que forma as pessoas estão inclinadas e predispostas para começar um negócio. 

A sua análise é efetuada pela média de respostas em cada um dos pilares e numa escala de 0 a 100, sendo que o 100 indica que todos os entrevistados do país responderam positivamente às três perguntas. O score AESI de 2015, a nível global, obteve um valor de 51%, enquanto a europa obteve 45% e Portugal 44%. A média de Portugal foi registada tendo em conta que 45% dos participantes responderam positivamente ao Desejo, 42% à Viabilidade e 45% à Estabilidade. 

Sobre o Relatório Global de Empreendedorismo Amway 2015 
O estudo de Empreendedorismo promovido pela Amway em 2015 realizou-se em 44 diferentes países, nomeadamente: Austrália, Austria, Bélgica, Brasil, Bulgária, Canadá, China, Colômbia, Coreia, Croácia, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Japão, Grécia, India, Irlanda, Itália, Letónia, Lituania, Malásia, México, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, República Checa, Romênia, Rússia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, África do Sul, Suécia, Suiça, Tailândia, Turquia, Ucrânia, Reino Unido, Hungria, EUA, Vietnam. Esta é a 6ª edição do relatório e este ano foram inquiridos praticamente 50.000 homens e mulheres, entre os 18 e os 99 anos de idade. O Relatório Amway Global Enterpreneurship Report é desenvolvido anualmente pela Amway Europa, com o apoio da Universidade Técnica de Munique e do instituto GfK Research de Nuremberga. 
Para aceder ao estudo global completo poderá aceder ao webste: globalnewsassets.amway.com/501484/ager_2015_report.pdf.

Sobre a AMWAY 
A Amway, empresa multinacional líder global no negócio da venda direta e com vendas globais em 2015 na ordem de 9,5 mil milhões de USD, de acordo com o Direct Selling News, Global 100. Fundada em 1959 e com sede em Ada, Michigan, EUA, a Amway oferece produtos de consumo e oportunidades de negócio através de uma rede de mais de 3 milhões de empresários independentes em mais de 100 países e territórios. Os produtos mais vendidos da Amway são as vitaminas, minerais e suplementos alimentares NUTRILITE™, cuidados da pele e cosméticos de cor ARTISTRY™ e sistemas de tratamento de água eSpring™.

CARATERÍSTICAS DE UM EMPREENDEDOR
PERGUNTA: Concorda com estas afirmações sobre empreendedores?

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.