13 janeiro 2016

Imóveis voltam a ser alternativa para quem quer aumentar poupanças


Comprar um imóvel e colocá-lo em arrendamento pode garantir rentabilidades de entre 4 a 8%, bastante acima de outros produtos de poupança e investimento disponíveis para os pequenos aforradores. Comprar uma casa, uma loja ou um armazém, para arrendar e obter, desta forma, rendimento, está a voltar a ser uma opção para muitos portugueses que querem reforçar as suas poupanças.

“Este tipo de procura tem aumentado progressivamente desde 2014 e em 2015 acelerou”, disse Ricardo Sousa, Administrador da Century21 Portugal. Além de ser uma questão cultural, pois “os imóveis são um bem concreto que os portugueses valorizam” comenta Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal, é também uma questão de conjuntura face aos retornos que as principais opções de aforro estão atualmente a devolver. De acordo com um estudo recente da DECO, a maioria dos depósitos a prazo e os certificados de aforro estão a proporcionar rentabilidades que não chegam a 1%. Para Ricardo Sousa atualmente “as rentabilidades do investimento imobiliário são bastante mais interessantes que noutras tipologias de investimento. “Trata-se de “investir num imóvel, assegurando retorno financeiro através do arrendamento, em vez de ter os valores investidos numa aplicação com rentabilidade inferior”, diz Beatriz Rubio. Além disso, para Miguel Poisson, diretor geral da ERA Portugal, “os pequenos aforradores sabem que estão a comprar em muito boa altura”, já que “os preços deixaram de cair e os imóveis têm potencial de valorização a prazo”, o que pode “gerar mais-valias interessantes” no caso de uma revenda. 


De acordo com estes profissionais, a rentabilidade gerada pelos imóveis situa-se entre os 4 e os 8%, podendo mesmo ser superior, dependendo das localizações e do tipo de utilização, como é o caso do arrendamento de curta duração. Dados da Confidencial Imobiliário (Ci) para 2014 mostram que esta rentabilidade para imóveis habitacionais era, em média, de 5,7% em Lisboa e de 6,2% na Área Metropolitana de Lisboa. Estes são “valores anuais antes de impostos e refletem a expetativa de obtenção de rendimento do proprietário, considerando o valor do imóvel e as rendas praticadas no mercado e pressupondo uma ocupação plena do ativo”, explica Ricardo Guimarães, diretor da Ci. O rendimento potencial gerado por imóveis não residenciais é igualmente apelativo: 7,3% nos escritórios, e 7,4% em armazéns e em lojas, adianta a Ci, referindo-se a dados do 3º trimestre de 2015 para o total do mercado nacional. 

A habitação é ainda o produto mais procurado, porque é o “que o mercado escoa mais facilmente”, diz Beatriz Rubio. O centro das cidades, com foco nas grandes cidades, lidera, mas a periferia também tem boas oportunidades. Neste caso, “em locais com bons acessos e transportes, a rentabilidade bruta anual é mais elevada, porque se conseguem obter apartamentos a preços de compra bastante mais baixos e as rendas mensais continuam a ser bastante interessantes em termos comparativos”, diz Miguel Poisson. A proximidade a polos universitários, zonas de costa ou rio também motivam boa procura. 

Do lado da oferta, os imóveis da Banca tem sido, nos últimos anos, considerados um dos focos de oportunidade para quem procura imóveis para rendimento. O Millennium bcp é uma das entidades que tem estado mais ativa na venda de imóveis e além dos preços competitivos como vantagem para aquele tipo de compra, considera que “o tema do financiamento é também relevante no momento da aquisição”, explica Pedro André, do Marketing da Direção de Negócio Imobiliário do Banco. Na sua perspetiva, as “boas oportunidades” estão tanto no residencial como no não residencial, no qual “fora das zonas prime, os valores de aquisição estão em níveis ainda baixos, permitindo assim a sua colocação com rendas atrativas”. Para dar resposta aos diferentes tipos de procura de imóveis, o Banco tem incentivado “os seus parceiros da mediação a especializarem-se” e tem também realizado diversas ações através da sua rede comercial, gerando “inúmeras oportunidades de negócios imobiliários”. Acima de tudo, refere Pedro André, é preciso perceber que também para este cliente, ainda que possa tomar uma “decisão mais racional” , “a confiança aquando da tomada de decisão é crucial”, e quer o Banco quer os seus parceiros têm que ser “agentes dessa confiança”. 

Fonte: Público Imobiliário

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