29 dezembro 2015

Construção: Inversão do ciclo do sector


O ano de 2015 ficou marcado pelo início, ainda que ligeiro, de recuperação no sector da construção e obras públicas. O otimismo do sector está agora centrado em 2016, altura em que a produção poderá crescer acima dos 3%. No final de 2014 vários especialistas vaticinavam uma inversão do ciclo do sector da construção em 2015, depois de 13 anos em queda.


A previsão do crescimento da atividade variava, consoante os estudos, entre 1% e 2% para o corrente ano, estimativa que será consolidada em 2016. 


Este panorama é confirmada pelo presidente da Associação de Empresas de Construção Obras Públicos e Serviços (AECOPS) que considera 2015 como "o ano da viragem do sector da construção em Portugal. Depois de doze anos de quebras, verificou-se um acréscimo de 4.5% na produção nos primeiros seis meses do ano". 

Para Ricardo Pedrosa Gomes esta "inversão da tendência resultou da melhoria da conjuntura no segmento residencial, reabilitação e construção nova, como resultado de um aumento da procura e do investimento externo e do acréscimo do crédito interno. Entretanto, e melhoria no segmento da habitação foi acompanhada por uma estagnação no 'não residencial' e por uma redução no investimento público". 

Acresce também coma fatores potenciadores positivos a retoma económica, o plano estratégico de transportes e infraestruturas e a reabilitação urbana que foram determinantes para este cenário mais otimista. Teve também influência o investimento estrangeiro no nosso Pais, os novos fundos comunitários no âmbito do programa Portugal 2020 e o plano Juncker. 

De olhos postos em 2016

Mas nem tudo foram 'rosas'. Entre os 'espinhos' da construção está o facto de ser um dos sectores que mais emprega em Portugal e dos que mais perdeu postos de trabalho. Segundo a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CCPCI), nos últimos cinco anos, perderam-se 37 mil empresas e 360 mil empregos; ainda assim, atualmente, envolve 625 mil trabalhadores e 98 mil empresas correspondendo a uma importante fatio da economia e emprego do nosso País. 

A isto acresceu, em 2015, a crise do petróleo que afetou as construtoras portuguesas que fizeram a sua internacionalização através desses países, como foi o facto de Angola. 

Mas a nível interno parece reinar a esperança. E essa 'luz ao fundo do túnel' vislumbra-se também para 2016. 

Com efeito, o representante máximo da AECOPS acredita que no próximo ano se assistirá à "conslidação e ao reforço da atividade no segmento residencial", bem como à "recuperação no não residencial". 

Na sua opinião, "a disponibilidade de fundos comunitários pode contribuir para relançar o investimento público, que depende da evolução da situação política". Assim, caso se verifique uma recuperação simultânea nos três segmentos, "2016 poderá ser o ano da consolidação da recuperação do sector, com a produção a crescer acima dos 3%". 

Fonte: Magazine Imobiliário

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