18 agosto 2014

Imobiliário dá sinais de retoma mas dos mais fracos da UE


Investimento em imobiliário comercial em Portugal cresce no segundo trimestre mas continua a anos-luz dos valores de países comparáveis. Portugal foi o destino de 84 milhões de euros de investimento em imobiliário comercial no segundo trimestre deste ano. Este valor implica um salto de 211% face ao período homólogo, quando este investimento chegou a 27 milhões. No entanto, significa também que o país continua a ser pouco atractivo, já que os níveis de investimento que capta são incipientes face à realidade que se vive na Europa - sobretudo aos países de dimensão semelhante ao mercado português. Mas os sinais são positivos, considera a CBRE.


"O mercado de investimento parece definitivamente ter recuperado. O crescente apetite por parte de players internacionais, revelado desde o início da segunda metade de 2013, intensificou-se este ano com vários investidores de diferentes países a demonstrar interesse na aquisição de activos em Portugal", assevera Cristina Arouca, directora de research e consultoria da CBRE Portugal, citada no comunicado do grupo sobre o investimento em imobiliário na Europa. "A procura mantém-se especialmente forte por activos prime, nomeadamente escritórios e lojas de rua com contratos seguros, assim como por activos com boa localização e um forte potencial para acrescentar valor", detalha.

Olhando para os valores também do primeiro trimestre, conclui-se que o investimento em imobiliário comercial em Portugal ascendeu a 115 milhões para a primeira metade do ano, um valor em muito potenciado pela venda das instalações da EDP no Marquês de Pombal, negócio que per se movimentou 56 milhões de euros.

Além dos valores já movimentados este ano, Cristina Arouca defende que os "diversos activos em oferta e negociações em curso" tornam possível prever "um crescimento no volume de investimento nos próximos trimestres, que poderá resultar num investimento superior a 600 milhões de euros, ou seja mais do dobro do registado no ano passado".

MUITO ABAIXO DA EUROPA 

Apesar dos sinais positivos que o mercado português está a dar, tem ainda um longo caminho para percorrer. Olhando para os valores do investimento imobiliário em países de dimensão semelhante - Áustria, República Checa e Suécia -, obtém-se um quadro mais claro da reduzida atractividade de Portugal para este tipo de investidores [ver tabela]. Só na Áustria, este sector movimentou 680 milhões de euros no segundo trimestre do ano - mais 710% que em Portugal -, tendo a Suécia chegado aos 3 580 milhões de euros. Já a República Checa captou 429 milhões de euros.

Em termos gerais, nota a CBRE, a "actividade de investimento em imobiliário comercial na Europa totalizou 44 mil milhões de euros durante o segundo trimestre de 2014, reflectindo uma subida de 28% face a período homólogo de 2013 e um aumento de 10% em relação ao primeiro trimestre de 2014".

Fonte: iOnline

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